Quebrando o conceito distorcido de que “crente” não pode ser de esquerda, o Partido dos Trabalhadores (PT) apresenta para as próximas eleições mais de 2.000 pré-candidaturas evangélicas. São mais de 200 pré-candidatos à prefeito(a) ou vice-prefeito(a) e mais de 1.800 para as câmaras municipais por todo o Brasil, tendo aspirantes em todos os estados brasileiros.
A expectativa, com essas candidaturas, é demonstrar a pluralidade e a diversidade de ideias que o PT sempre defendeu, e marcar presença na luta popular e periférica, onde os movimentos evangélicos proliferam cada vez mais. A luta por justiça e igualdade, defendida tanto por evangélicos que realmente seguem a Jesus de Nazaré quanto pelo maior partido de esquerda da América Latina, é o fermento que faz crescer essa massa que ganha força e volume na busca por um mundo melhor.
Entre os exemplos de líderes evangélicos de esquerda estão Benedita da Silva, que desde a criação do PT encarna a potência da mulher evangélica e da ativista política, e Mônica Francisco, mulher negra, pastora e cientista social, pré-candidata a vereadora na cidade do Rio de Janeiro.
O pastor Wellington Santos, pré-candidato a vereador na capital alagoana, destaca que “nada mais natural do que pessoas que se apresentam como evangélicas e cristãs se identifiquem com o PT e se coloquem para disputar a narrativa de um evangelho, anunciado por Jesus, que viveu nas periferias do seu tempo, trazendo boas novas aos pobres”.
Já o pastor Zé Barbosa Jr, colunista da Fórum e pré-candidato a vereador em Campina Grande, afirma que “quando me perguntam como concilio o fato de ser cristão e de esquerda, respondo que estão fazendo a pergunta ao pastor errado. Quem tem que se explicar é quem é pastor e de direita. Ele é que tem que explicar como concilia a fé cristã com um sistema baseado na exploração do próximo e no acúmulo de riquezas, coisas que Jesus sempre condenou.”
O PT realizará no dia 7 de agosto a 1ª conferência eleitoral evangélica do PT, para o debate interno de questões importantes em relação às eleições de 2024. O evento convocará os mais de dois mil filiados e filiadas que se autodeclaram evangélicos e que apresentaram seus nomes para pré-candidaturas em todo o país.
Em suma, o PT está voltando às bases, reconstruindo conexões com as periferias, com os movimentos sociais e com a massa evangélica, que é cada dia mais importante na existência e resistência política das áreas mais populosas e esquecidas do nosso país.
